domingo, 4 de janeiro de 2009

Da época que o Coxa era Arthur

O fato é que tudo passou muito rápido. Um espirro e pronto, lá se foram 7 anos.


Aos 10 anos, eu era um garoto gordinho (obesinho seria o termo mais correto), simpático, inteligente, amigo de tudo e todos e louco pra namorar a Gabi. Aliás, desde o pré eu era “louco pra namorar” com alguém. Enquanto todos os garotos se dividiam naqueles grupinhos “menina, blergh”, eu sentava no gira-gira pra dar beijinho na bochecha. E tomava tapa no dia seguinte.

Deve ser o efeito que a novela das oito exercia na garotada.


Mas aí que a Gabi passou muito tempo dizendo que não queria nada comigo. Até que ela disse que gostava de mim, mas que sua mãe não deixava ela namorar, por ser muito nova.

Eu não sabia se ficava deprimido, ou se comemorava o fato d’ela gostar de mim. Acho que na época, fiquei feliz.


Acontece que Gabi saiu da escola. E começou meu caso com a Natália, já em 2002. Que também nunca quis nada comigo. Até que no último dia de aula ela chorou copiosamente de pensar que nunca mais nos veriamos.

Teve a Fabi também nesse meio tempo, mas aí quem queria era ela, não eu.


Todas essas fui encontrar anos depois nessa maquina chamada Orkut.

Uma tá namorando e virou fã de Roupa Nova.

A outra tem 2,5m de altura, me sinto simplesmente intimidado do lado dela.


Enfim , desde aquela época eu era um tarado compulsivo. Aí veio Winnie e me salvou. Mas voltemos ao começo da década...


Hoje eu olho pra trás e vejo que, apesar de todos esses namoricos, eu tinha grande tendência a me tornar viado. Nunca tive aquele “primo” pra conviver junto e imitá-lo. Não que fosse tão próximo, pelo menos. Nem primas gostosas aliciadoras de menores, como ouço em muitos casos. E eu gostava de É O Tchan.

Apesar de tudo isso, consegui me garantir.

Eu acho.


Nessa idade também rolou minha primeira, e única, briga “física”. Um filho da puta mimado do caralho (perdoem-me) resolveu brincar de guerra de pão com salsicha na minha casa, no meu aniversário de 10 anos. Fiz bastante gente ficar sabendo, pra queimar o cara (já disse que eu tinha tendências a ser viado? Então...). Até que ele veio me cobrar. Empurrão pra lá, pra cá, soco no estômago dele. E roxo no meu olho. Tudo isso no meio da aula. :D


E resultou nesse cara que vos escreve.

Pois é, eu sou a prova viva que tudo na vida tem jeito.